Uma mudança é sempre uma mudança e por mais que não queiramos mexe sempre cá dentro, principalmente quando não é voluntária como foi o caso.
Já passei a fase de negação, eu não acredito, é mentira!!!
Agora estou na fase de rejeição, não quero ir para ali, não tenho vontade de me dar a conhcer a outras pessoas (sinto-me bastante ligada aos amigos que deixei). É verdade que é boa a mudança no sentido em que vou aprender coisas novas mas no inicio também isso é complicado porque não se nasce ensinado e é necessário ter muita paciência.
Quem é que se ressente no meio destas confusões, tanta mudança repentina e ao mesmo tempo, é o corpo que já deu sinais do que se passa cá dentro! Hoje não dormi nada e por isso não consegui ir trabalhar!!
É possível falar sem um nó na garganta. É possível amar sem que venham proibir. É possível correr sem que seja a fugir. Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão. É possível viver sem que seja de rastos. Os teus olhos nasceram para olhar os astros. Se te apetece dizer não, grita comigo: não!
É possível viver de outro modo. É possível transformar em arma a tua mão. É possível viver o amor. É possível o pão. É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem. É possível viver sem fingir que se vive. É possível ser homem. É possível ser livre, livre, livre.
Na quinta feira fui ver os The gift ao Coliseu e gostei muito!!!
Para além de ter sido no Coliseu, uma mítica sala de espectáculos, onde eu confesso que nunca tinha estado e tinha bastante curiosidade, os the gift foram acompanhados pela orquestra metropolitana de Lisboa, o que em termos musicais deu logo outra dimensão às canções, foi muito bonito!
Assisti ao espectáculo sentada mas nem por isso muito quieta e por vezes foi complicado dominar o impulso de querer saltar da cadeira e dançar, o público estava muito contido (ou então era eu que estava muito eufórica!), só em algumas músicas é que se manifestou mais. Na parte final quando os gift já tinham saído e voltado a entrar à custa de muitas palmas, de muitas batidas de pés no chão (intenso, sentiu-se a vibração!) e alguns assobios a Sónia Tavares convidou o público a assistir de pé e aí foi o rubro, muito calor humano, muito bom, é bom sentir isso, eu gosto!! E a companhia também não podia ser melhor!!
A perfeição é uma utopia e se tudo fosse perfeito não existia esse objectivo... a vida seria talvez mais monótona... portanto a imperfeição é um mal necessário para que haja sempre a ambição de tentar fazer melhor e/ou de tentar ser melhor!!
