As praxes fazem parte das tradições académicas e são habituais quando os alunos entram na Universidade. Eu não sou anti-praxe mas há que haver alguns limites e quem não deseja ser praxado não deve ser posto de parte nem ser alvo de nenhum tipo de discriminação ou preconceito. Cada aluno deve poder decidir se quer ou não participar nas praxes e não deve haver consequência quando o faz!
A propósito das praxes todos os anos surgem notícias de queixas por parte de alunos que são alvo de praxes que consideram menos próprias. Desta vez foram os alunos da Universidade de Évora que se queixaram de ter sido alvo de uma praxe que consideram ter sido abusiva. A dita praxe foi feita na Herdade da Mitra e consistiu em "mexer" em excrementos de vaca. Isto para as pessoas mais sensíveis ao cheiro e ao tacto pode ser desagradável, para outras pode ser uma humilhação mas na realidade há coisas bem piores! O presidente da associação de estudantes veio defender aquela praxe como uma tradição antiga e de facto é verdade! Eu estudei em Évora e fui alvo dessa praxe da Herdade da Mitra. Na altura andei nas mangas das vacas, fiz guerras de estrume e passámos de mão em mão excremento de porco entre outras coisas. A praxe em si não tem maldade nenhuma, o que muitas vezes acontece e isso sim é criticável é haver alunos que não querem participar e são obrigados a fazê-lo ou então são as próprias afirmações e frases ditas pelos alunos mais velhos que estão a praxar. Há praxes abusivas e penso que devem ser denunciadas, os alunos que as praticam devem ser punidos, há pessoas que não sabem quais são os limites do razoável! A questão é: nem sempre é facil de provar.
As praxes são importantes e não devem deixar de existir porque ajudam a que os alunos se conheçam melhor. E isto ainda é mais importante para as pessoas que vêm de longe! Além das pessoas, também se vão conhecendo os sítios e a própria cidade. E, se forem brincadeiras giras, acabam por ser divertidas!
Beijinhos!
Magali
1 comentários:
Dura praxis, sed praxis!
sexta-feira, outubro 24, 2008A praxe é dura, assim é a praxe!
Eu no meu tempo (pareço a velhinha a fazer publicidade aos pacotes de arroz comprados no continente) fui praxada, praxei e gostei! Fazia-o de novo, para mim foi importante e nada tramatizante.
Mas admito que já na altura havia alguns abusos que são sempre condenáveis!
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